domingo, 10 de agosto de 2008

O poder da mente (ou será da menta?)

Dia desses, meu amigo Mailson me deu uma bala de menta, durante o horário de trabalho. Alguns minutos depois, cheguei a comentar com ele que aquele sabor me fazia recordar coisas da infância...
Como estava trabalhando sozinha naquele dia, e não estava ocupando minha mente com nenhuma conversa, comecei a viajar no tempo, e fui muito além de meras lembranças... Na verdade, o pior dessa "viagem", foram as coisas negativas que fui aos poucos lembrando. Meu astral caiu, fui entristecendo, como se fosse uma planta, murchando por falta de água. Senti uma nuvem negra pairando sobre mim, os ombros pesados, os olhos marejados, vontade de ir embora...

Não costumo ir embora no intervalo, mas naquele dia fui obrigada a sair do ambiente em que estava. Era uma necessidade enorme sair daquele contexto e tentar redirecionar o pensamento, afinal, estava visivelmente deprimida. Decidi ir pra casa e distrair a mente. Tomei um café, toquei umas canções, joguei bola com meu cachorro... e acabei esquecendo.

Mas me impressionou muito a forma como fui me deixando levar pelo poder da minha mente (ou teria sido pelo poder da bala de menta?...) Enfim, meu sábio amigo Isaías explicou que trata-se da minha memória existencial; aquela que ativamos por meio de sabores, aromas e sons, que associamos a vivências que tivemos. Me interessei pelo assunto, e até pesquisei um pouco a respeito.

De fato, por via das dúvidas, vou tentar evitar balas de menta por enquanto...