domingo, 10 de agosto de 2008

O poder da mente (ou será da menta?)

Dia desses, meu amigo Mailson me deu uma bala de menta, durante o horário de trabalho. Alguns minutos depois, cheguei a comentar com ele que aquele sabor me fazia recordar coisas da infância...
Como estava trabalhando sozinha naquele dia, e não estava ocupando minha mente com nenhuma conversa, comecei a viajar no tempo, e fui muito além de meras lembranças... Na verdade, o pior dessa "viagem", foram as coisas negativas que fui aos poucos lembrando. Meu astral caiu, fui entristecendo, como se fosse uma planta, murchando por falta de água. Senti uma nuvem negra pairando sobre mim, os ombros pesados, os olhos marejados, vontade de ir embora...

Não costumo ir embora no intervalo, mas naquele dia fui obrigada a sair do ambiente em que estava. Era uma necessidade enorme sair daquele contexto e tentar redirecionar o pensamento, afinal, estava visivelmente deprimida. Decidi ir pra casa e distrair a mente. Tomei um café, toquei umas canções, joguei bola com meu cachorro... e acabei esquecendo.

Mas me impressionou muito a forma como fui me deixando levar pelo poder da minha mente (ou teria sido pelo poder da bala de menta?...) Enfim, meu sábio amigo Isaías explicou que trata-se da minha memória existencial; aquela que ativamos por meio de sabores, aromas e sons, que associamos a vivências que tivemos. Me interessei pelo assunto, e até pesquisei um pouco a respeito.

De fato, por via das dúvidas, vou tentar evitar balas de menta por enquanto...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Acerca do meu Ilustríssimo Amigo Cassionei Petry

Faz um tempo já que não tenho tido tempo de escrever... Isso me deixa um tanto angustiada, um tanto ansiosa, e outro tanto deprimida. A vida tem passado em uma velocidade vertiginosa, os dias têm sido pequenos demais para tudo aquilo que desejo, espero e programo fazer. Infelizmente, diante dos trabalhos da faculdade, dos problemas da vida pessoal, dos problemas de trabalho profissional, dos livros que preciso ler, e das cartas que tenho que responder, o blog tem ficado em último plano. Não deveria. Mas tem.
Não é de hoje que tenho vontade de escrever a respeito de uma pessoa que me serve de inspiração. Faz muito tempo que não o vejo pessoalmente, mas tenho acompanhado suas publicações no jornal, as críticas que ele desperta, e o seu blog.
Cassionei Petry, é o nome dele. Em termos de Letras, Cássio é meu ídolo, minha inspiração. Foi lendo o blog dele que decidi criar o meu. "Devoto de São Kafka" (palavras dele), foi por intermédio dele que conheci "A Metamorfose". Com raciocínio e sensibilidade notáveis, gosto musical apurado, e uma evidente paixão pelas letras, o Cássio é uma das pessoas mais inteligentes que eu conheço. Aliás, cada vez que vejo um texto dele publicado no jornal, me sinto honrada por ter tido a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente.
Há algum tempo, ele leu meus textos e fez a crítica: disse que eu escrevo bem. Que eu escrevo poesia em prosa. Adivinha... emocionada ao extremo! Foi uma honra indescritível ler o comentário dele. Principalmente porque, se alguém tem condições de julgar alguma coisa, ah, esse alguém é o Cassionei Petry. Sou totalmente fã dos textos dele, daí a emoção em receber a crítica, justamente daquele que me serve de inspiração, apesar de ter a consciência de que meus textos nada têm a ver com os dele, principalmente em termos de conteúdo.
O Cássio se preocupa com os problemas sociais, com a inércia das pessoas diante de tantas coisas erradas. Lendo os textos dele, até me sinto egoísta, por estar, neste momento, tentando encontrar soluções apenas os meus problemas, não para os do mundo, nem mesmo para os da comunidade onde eu mesma estou inserida. Me sinto muito inferior a ele nesse sentido, mas isso não me desanima nem um pouco. Pois ainda vou chegar ao nível dele. Como professor, como eterno estudante, como pessoa, como ser humano.
A todos que quiserem saber mais a respeito desta pessoa incrível, aqui vai o endereço do seu blog.
Cássio, obrigada. Por tudo. Pela atenção, pelo incentivo, e por ter, diante de todos os teus compromissos, encontrado tempo para dar uma passadinha por aqui e lançar teus inestimáveis comentários. Sou tua fã, disso já sabes. O que eu precisava ainda, era tornar isso público.
Parabéns pelo teu trabalho, e pelas tuas sábias palavras, meu nobre amigo.
Ah, teu livro está muito bem guardado. Um dia, ainda vou ter o prazer de devolvê-lo, e de te parabenizar pessoalmente. Grande abraço!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Amigos... (Será?)

Logo que comecei a escrever aqui, falei dos amigos que eu queria que fossem pra vida toda, mas que eu estava perdendo. Talvez os amigos até permaneçam. Mas já não são os mesmos, definitivamente.
Durante todo esse tempo, cobrei a presença deles na minha vida. Fui atrás, lutei por eles. Mas eles não lutaram por mim. Deixaram o tempo passar, apesar dos inúmeros pedidos que fiz, para que não me deixassem acostumar com a ausência deles. Em vão. Chorei por eles, senti saudade, doeu muito.
Hoje, eles sabem que a amizade está acabando. Ou que já acabou. Lamentam, mas não têm atitude suficiente pra reverter o quadro. Será que falta coragem? Será que falta tempo? Ou será que não vale a pena? Muitas perguntas. Nenhuma resposta.
O tempo vai se encarregar de tudo. De curar as feridas, de aliviar a dor, de tornar a distância algo normal. E nos tornaremos meros conhecidos. Fechando assim, mais um ciclo de amizade. Restarão apenas as boas lembranças de anos de cumplicidade total, ou dos meses de convívio intenso. Em ambos os casos, a amizade estará acabada.
"...Hoje é o primeiro dia
Do resto dos nossos dias e
Eu ainda espero por você
Entre e feche a porta
Tente me entender
Acalme-se pois você vai ver
Eu posso te olhar
Também posso te tocar
Mas não com o coração
A vida é assim
Eu tenho que me acostumar.
Os dias irão surgir
O sol irá brilhar aqui..." (Reação em Cadeia - Neurose)

domingo, 27 de abril de 2008

A Viagem - parte II

Hoje, não estou voltando da capital gaúcha. Hoje, o retorno é, talvez, da nova capital do meu coração, que partiu de volta pra casa já cheio de saudade...
Por estar me sentindo literalmente um leão enjaulado, sem ar pra respirar, decidi fugir em busca de um pouco de paz. Como meu guia, mais uma vez, minha amiga Rackel Roll. Ela lê minha alma, sabe exatamente do que eu preciso pra ficar bem, e tem feito com que eu fique, sempre que tem oportunidade pra isso.
Quando constatei que já não pertenço ao meu mundo, ela me levou pra conhecer o dela. E me fez sentir muito mais em casa lá, do que tenho conseguido me sentir aqui.
Na sexta feira, estava me sentindo tão só, mas tão só, que só conseguia pensar em sair. Pra onde? Bom, isso eu não sabia. Mas era tarde da noite, eu estava só, sem ninguém com quem pudesse falar. Às vezes me pergunto por que tenho essa necessidade vital de falar com alguém. E me pergunto também por que, nesses momentos mais críticos, nunca há ninguém por perto... Bom, eu decidi não sair. Ouvi um pouco de música, chorei a minha solidão, sozinha. Depois adormeci, lembrando que quando amanhecesse, eu estaria muito perto de sair daqui.
Tudo bem, era preciso encarar a faculdade primeiro. Mas fui valente, e permaneci pelo tempo que foi necessário, até que estivesse livre pra pegar a estrada. A viagem foi tranquila, nem a chuva quis me cansar. O vento batendo no rosto, novo ar pra respirar, sensação de liberdade.
O que era pra ser um fim de semana de paz total, foi muito além disso. Conheci pessoas muito especiais. Descobri a origem de toda essa nobreza de espírito da Rackel. Toda a família dela é assim, exatamente como ela. Todos gentis, atenciosos, educados, bem humorados, amantes da música e extremamente inteligentes.
Conversas informais, descontraídas, mas sempre com muito conteúdo. Aprendi muito, sobre muitos assuntos. É simplesmente maravilhoso ter com quem falar, trocar idéias, opiniões. Foi muito bom. E quem diria que eu ia voltar super interessada na etimologia das palavras e dos nomes próprios... Isso tudo, sem contar o carinho inominável do Rei Arthur.
Quando chegou a hora, eu nem queria voltar pra casa. Mas três dias passam rápido... e logo estarei de volta.
A todas as pessoas especiais com quem pude conviver nestes dois dias, eu agradeço. De coração. Foi uma honra indescritível poder conhecê-los.
And for you, my dear Rackel Roll, I have no words... You're simply the best! Trully Maddly Deeply... Thank you, dear. For everything.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A Viagem - parte I

Sempre tive medo daquilo que me é estranho. Na verdade, penso que todas as pessoas têm um pouco disso. O medo do desconhecido faz parte da minha história. Imaginei que fosse coisa de criança, que fosse passar com o tempo, mas descobri que vai me acompanhar por toda a vida.
Nunca gostei de cidades grandes, muita gente, muitos carros, muito barulho... Isso me passava uma insegurança enorme, e me fazia ver as grandes cidades como imensos labirintos, onde eu fatalmente estaria perdida...
Mas a viagem a Porto Alegre no fim de semana, me fez ver tudo com outros olhos. Pra começar, estava muitíssimo bem acompanhada, pela minha amiga Rackell. O fato de ir com ela, já me encorajou muito. Menina descolada, cidadã do mundo. Me fez sentir super segura.
O que mais me impressionou, no entanto, foi ter encontrado tamanha paz dentro do labirinto. Conhecer pessoas essencialmente boas, de aura positiva, com as portas totalmente abertas pra me receber. Pessoas que eu jamais havia visto, que nada sabiam a meu respeito, mas que permitiram a minha pesença em seu lar, como se eu fosse uma velha conhecida. Me fizeram sentir em casa, literalmente.
Viagem perfeita, em todos os sentidos. Muitos papos, boa música (ao vivo!), e muitas novas composições musicais, inspiradas por uma grande viagem espiritual... Viajei, no mais profundo sentido da palavra. Saí de mim mesma, pude olhar o mundo à minha volta, e sorrir. Olhei pra mim mesma, e constatei o que há muito já tinha percebido.
Estou mudando, evoluindo. Meus ferimentos recentes estão cicatrizando, e é hora de ir em frente. Ainda não conheço os resultados da prova que me levou à POA. Mas independente de ser positivo ou não, afirmo, sem a menor sombra de dúvidas, que valeu à pena.
Valeu à pena a paz que senti, e pela sensação de liberdade que tive, andando só pelas ruas da capital. Pelos lugares que conheci, pelas pessoas que me acolheram tão carinhosamente, pela companhia incrível da Rackell. Por todas as risadas, pela música perfeita, pela foto do CHE, e por todas as lembranças de uma aventura que certamente ficará na memória.
O labirinto que antes me parecia tão assustador, se transformou em refúgio, pra onde pretendo retornar, toda vez que precisar estar com pessoas maravilhosas, ou a sós comigo mesma.
Aos que me acolheram, agradeço pelo carinho. À minha amiga Rackell, agradeço por ter me proporcionado um fim de semana de aventura, em total segurança. Agradeço todo o incentivo para que eu fizesse o concurso, e por ter me dado toda a estrutura que tornou possível a realização da prova. Obrigada, cabeçona! E, a ti, minha inspiração, afirmo que estarei de volta, tão logo seja possível. E que sentirei saudade...

sábado, 29 de março de 2008

Movida pela emoção...

Apesar de o homem ser considerado um ser racional (o que, teoricamente, o difere e o torna "superior" aos outros animais), não me considero essencialmente racional. A minha essência é a emoção, sempre foi e acredito que sempre será. Até mesmo quando as circunstâncias me obrigam a usar a razão, a minha razão é sempre emocional... Deve ser por isso que a minha "lógica" difere tanto da dos "racionais". Deve ser por isso também que só me sinto atraída por pessoas, fatos, objetos, e artes em geral, que sejam capazes de me emocionar.

Racionalizar tudo o tempo todo me parece frio demais. Calculista demais. Desumano demais... Minhas decisões são sempre tomadas em função da emoção, o que não significa, em absoluto, que eu não seja capaz de raciocinar...

Cada pessoa tem seu próprio mundo. Um mundo à parte, de conhecimentos, de sentimentos, de opiniões. E é praticamente impossível dizer que se conhece alguém realmente, uma vez que as pessoas não tenham o hábito de falar exatamente o que pensam e sentem. Como saber se posso confiar em determinada pessoa? Usando a lógica? Usando a razão? Não creio... Mas talvez, se pudermos saber o que é capaz de emocionar alguém ao extremo, possamos ter uma pista do que vai realmente no coração desse indivíduo...

Existe um vasto universo de bons atores e atrizes, concordo. Mas para tanto, o "texto" deve ser estudado, compreendido, decorado. E isso requer tempo, preparo. Acredito realmente que as reações causadas pelo famoso elemento surpresa, dificilmente poderão ser forjadas.

Então, quando quero realmente conhecer alguém, observo a forma como esse alguém reage a determinados comentários, e suas respostas a determinadas perguntas. Observo apenas as opiniões e atitudes que eu realmente considere autênticas, sem enfeites. Busco analisar tudo aquilo que não seja mera representação. E na maioria das vezes me surpreendo, e muito, com os resultados...

sábado, 22 de março de 2008

Está chovendo...

Apesar de a chuva ser uma imensidão incalculável de pingos d'água descendo dos céus, por muitas vezes, já me surpreendi imaginando o trajeto de um único pingo de chuva. Isso desde a nuvem, até o momento em que toca o solo, ou o a folha de uma árvore, ou a pétala de uma flor, ou o telhado da minha casa...
O som da chuva me acalma, e é o único que consegue substituir uma boa música sem que eu tenha aquela sensação de estar sendo prejudicada. Ouvir a chuva é tão mágico, e me oferece tantas possibilidades de viajar no tempo e no espaço, quanto aquela música favorita...
Chuva desperta a minha nostalgia, a saudade de coisas boas que já se foram, de pessoas com as quais não convivo mais. Desperta lembranças dos melhores momentos da infância. Desperta as minhas fantasias, aqueles desejos mais ocultos, que nem sei se um dia se tornarão reais. Mas que existem, e que vêm à tona sempre que chove.
Essas águas que vêm do céu, me parecem divinas, como uma bênção... Quando acompanhadas do vento e do trovão, (meus outros "amigos"), demonstram ainda mais o seu poder.
Um bom banho de chuva lava a minha alma, recarrega minhas energias, me fortalece. E quem não gosta de uma chuvinha mansa pra dormir? Com aquela sensação de sossego, de aconchego? Eu amo...
Tudo bem que a chuva tem lá seus inconvenientes. No meu caso, o trânsito, principalmente se eu estiver com pressa. Trânsito com chuva, me deixa exausta. Mas se depois de chegar em casa, trocar a roupa molhada por um banho quente e roupas secas, ainda estiver chovendo, nem vou reclamar... Vou aproveitar pra lembrar, viajar no tempo, desejar, fantasiar, sentir saudade...

domingo, 9 de março de 2008

Tive um Pesadelo...

Talvez esta tenha sido uma das frases mais usadas por mim no decorrer da vida. Há períodos em que acontece com maior freqüência, em outros o sono é mais tranqüilo. Existem ainda os períodos em que o sono é simplesmente inexistente.
O fato é que meus pesadelos são extremamente reais. As sensações, as imagens perfeitas, os detalhes, as pessoas, os fatos. Ouço as vozes das pessoas, sinto cheiro, sinto frio, calor, choro. Quando acordo, não sei dizer se aquilo que acabo de viver é real, ou se a realidade sou eu, deitada na minha cama, chorando por acreditar (ainda que por alguns instantes) que aconteceu de verdade...
Às vezes, a sensação leva dias pra passar. Em outras, basta um telefonema pra saber se está tudo bem. Se não posso ligar, acendo todas as luzes, ando pela casa, assisto TV, tomo uma xícara de café, fumo um cigarro, leio um livro. Faço qualquer coisa que possa me distrair, me fazer esquecer. Quando amanhece, meus fantasmas costumam ir embora. A sensação do medo já se faz muito menor.
No decorrer da vida, pude observar que meus pesadelos representam sempre os meus maiores medos. As vítimas são sempre pessoas que eu amo, que tenho medo de perder. Ou sou eu mesma, caindo no precipício, ou dentro d'água, ou sendo perseguida por um aracnídeo... Sempre os meus medos, tentando me mostrar que posso, sim, perder as pessoas que amo. E que devo amá-las ao máximo, enquanto estou viva, enquanto não caio do precipício, enquanto não me afogo, enquanto não sou atacada e ferida mortalmente por um aracnídeo...

sábado, 8 de março de 2008

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER!!!

Mulheres fracas, fortes.Não importa.
Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade
São fortes o bastante para erguerem sempre cabeça
Sem desistir, pois sabemos que somos capazes de vencer.

Temos a delicadeza das flores
A força de ser mãe,
O carinho de ser esposa,
Reciprocidade de ser amiga,
A paixão de ser amante,
E o amor por ser mulher!

Somos fêmeas guerreiras, vencedoras,
Somos sempre o tema de um poema
Distribuímos paixão, meiguice, força, carinho, amor.

Somos um pouco de tudoCalmas, agitadas, lentas!
Vaidosas, charmosas, turbulentas.
Mulheres fortes e lutadoras.
Mulheres conquistadoras
Que amam e querem ser amadas
Elegantes e repletas de inteligência

Com paciênciaO mundo soube conquistar.Mulheres duras, fracas.Mulheres de todas raçasMulheres guerreirasMulheres sem fronteirasMulheres... mulheres...

Rozilene P. de Souza

quinta-feira, 6 de março de 2008

Sem música, definitivamente não dá...

Tava aqui pensando nas associações automáticas que costumo fazer entre determinadas músicas e determinados períodos, ou momentos da minha vida. Incrível como cada acontecimento parece ter a trilha sonora que se encaixa perfeitamente. A música me faz viajar no tempo...
Tenho tido dififculdades de lembrar o que fiz ontem. Meu cérebro às vezes parece cansado. Mas quando se trata de coisas antigas, como o nome daquele filme especial que assisti, ou daquela música super antiga que eu adoro e que não ouço há muito tempo, ah, isso eu não esqueço!
Existem tantas coisas que temos, sem as quais seria impossível de sermos felizes... Minha memória por exemplo, mesmo que às vezes seja um tanto quanto falha, é pra mim de uma importância incomensurável. Como seria possível viver sem poder lembrar tantas coisas boas que já aconteceram comigo? Aquelas coisas que dão o incentivo pra continuar buscando a felicidade... E as coisas ruins, então? Se não pudesse lembrá-las, certamente haveria uma reincidência enorme de erros na minha vida...
Lembro de músicas dos anos 50, 60, 70... Amo muitas delas. Não sei explicar de onde as conheço, onde foi que ouvi pela primeira vez, já que, de fato, são de uma época anterior ao meu nascimento, mas o que importa na verdade, é que as conheço. Já as décadas de 80 e 90, eu vivi. Lembro com nitidez do meu pai, curtindo Elton John, Roupa Nova, Queen, Madonna, Bon Jovi... Ele foi minha primeira referência musical. Deve ser normal os filhos terem algum tipo de afinidade com as canções ouvidas por seus pais. Ao menos até que sejam críticos o suficiente para terem suas póprias preferências. Mas as músicas que meu pai ouvia, ouço até hoje. Construí minhas preferências, sem conseguir me desvencilhar das preferências dele. E sempre que ouço, lembro com carinho...
Meus filhos ouvem H.I.M., Bruce Springteen, Evenescence, The Rasmus, Shania Twain, Elton John, Madonna, Joe Satriani, Bon Jovi, Roupa Nova, Queen, Pitty... por influência minha. Mas, em compensação, eu ouço Linkin Park, Nickelback, Creed, Green Day, Akon, Nelly Furtado, Fergie... por influência deles. É uma grande troca de culturas, onde uns ensinam os outros a gostar de coisas pelas quais não imaginavam que pudessem se interessar...
A música tem esse poder mágico, de derrubar fronteiras, integrar pessoas, libertar quem canta, tocar a alma de quem ouve... Viver sem música? Impossível! Preciso de música pra comemorar, pra chorar, pra sorrir, pra amar, pra escrever, pra dançar, enfim, pra viver. O estilo varia de acordo com o humor, com o estado de espírito. Mas sempre existe aquela letra perfeita, que se enquadra direitinho, que expressa exatamente o que estou sentindo no momento... Sem música, definitivamente, não é consigo viver.

As palavras têm realmente poder...

Dia interessante este... Recebi a segunda carta! Aquilo que já tinha me deixado muito feliz por ter acontecido uma única vez, já me traz indícios que vá, realmente se tornar uma importante rotina na minha vida. Não há mais o que comentar a respeito. Além disso, e-mails também têm me feito acreditar que existem sim, pessoas com alguma coisa em comum comigo. E é muito reconfortante saber que não estou tão só neste mundo, ao menos não tanto quanto eu imaginava que estivesse.
Sabe aqueles momentos em que estamos entre dezenas de pessoas e, ainda assim, conseguimos nos sentir extremamente sós? Pois é... já não tenho sentido tanto isso. Já não me sinto tão só no mundo. E é bom demais saber que existem pessoas que conseguem compreender o que vai realmente dentro do meu coração. Parece que minha necessidade de compartilhar minha alma com o mundo está, finalmente, sendo saciada.
Hoje me sinto livre, me sinto inteira. Não falta mais nada. As palavras têm realmente poder; de derrubar, de reerguer. Mas tenho sentido e ouvido infinitamente mais as que me tiram do chão, as que me devovem à vida; e tenho permanecido surda àquelas que querem me derrubar.
Quando me disseram que há dois leões dentro de mim, um do bem, e outro do mal, e que seria mais forte, e venceria a minha batalha interior, aquele que eu melhor alimentasse, compreendi o real sentido de ter nas mãos o poder de definir se a minha vida será essencialmente boa, ou simplesmente ruim . E sinto que, ao menos desta vez, estou alimentando o leão certo...
Finalmente tendo provas de que acreditar que as pessoas são essencialmente boas, não é tão utópico assim... O bem existe sim, dentro de cada um de nós. O mais difícil, porém, é encontrar os meios viáveis de se chegar até ele.

domingo, 2 de março de 2008

Pra mim, a melhor hora é sempre a última...


De fato, os brasileiros são mundialmente conhecidos, entre outras coisas, por deixarem seus compromissos sempre para a última hora. E eu sou brasileira, em todos os sentidos, inclusive neste.

É verdade que já tentei modificar este, que por muitos é considerado um "mau hábito" (eu mesma já cheguei a pensar assim). Já tentei me organizar de várias maneiras diferentes, já tentei redigir meus trabalhos bem antes de acabar o prazo da entrega, mas simplesmente não dá. Meu cérebro não funciona assim. Com o passar do tempo, fui percebendo que, no improviso, minhas idéias fluem melhor. Meu raciocínio é mais rápido e mais lógico quando está sob pressão.

Fazer planos a longo prazo sempre dá margem para acontecimentos imprevistos que, inveriavelmente, acabam me frustrando. Eles impedem a realização dos planos que, na maioria das vezes, fico esperando na maior expectativa até que se realizem. Assim, é sempre melhor planejar às vésperas, do que com muita antecedência. A probabilidade de algum imprevisto indesejado é muito menor. A chance de grandes planos se transformarem em uma grande decepção, também.

Isto é fato. Há muito tempo já deixou de ser teoria. Pra mim, a melhor hora é sempre a última...
O conceito de "organizado", no meu ponto de vista, também é muito relativo. Jamais vou esquecer de uma frase dita por um personagem recente do Tarcísio Meira em uma novela: " O lugar certo das minhas coisas é exatamente onde eu deixo elas." Esta frase se aplica perfeitamente a mim.

Aquilo que para muitos é sinônimo de bagunça, desordem, pra mim pode significar a única chance que tenho, de encontrar sozinha, alguma coisa que eu tenha "guardado". Quer me ver perdida? Basta tentar "organizar" as minhas coisas. Nunca mais me acho...
Da mesma forma que tenho sentimentos, pensamentos, opiniões, definições muito próprias, meu mundo também tem sua própria maneira de se "organizar". Para muitos, incompreensível. Pra mim, simplesmente PERFEITO.

Se os brasileiros são mal vistos pelo seu hábito de deixar tudo para última hora, é fato que isso não me incomoda nem um pouco. Sou brasileira, sim. Com muito orgulho. E, além disso, como dizem os sábios técnicos de futebol:

"Não se mexe em time que está ganhando!"... E isso, no meu caso, poderia significar uma catástrofe...

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Em cada derrota, uma chance de recomeçar...

Diante da profundidade que sempre tiveram as minhas expectativas, com relação a qualquer coisa que eu quisesse muito, me pego às vezes, imaginando se também é assim com as outras pessoas. Será que todos desejam com tanta força quanto eu? Será que amam com tanta intensidade quanto eu? Será que quando se decepcionam, sentem tanta dor quanto eu sinto? Difícil responder com certeza a estas minhas perguntas, uma vez que se tenha consciência de que sentimentos não se submetem a medidas. Não há, portanto, como comparar a intensidade do que eu sinto, com o que sentem as outras pessoas. Principalmente, porque a maioria delas tem muita dificuldade em expressar sentimentos.

Ouço muito falar em ódio. Não consigo odiar. Deveria? Não sei. Apenas sei que não consigo. Pelo simples fato de que, no meu ponto de vista, tudo tem seu lado bom. Todas as decepções que já sofri, todas as minhas frustrações, minhas mágoas, minhas tristezas, enfim, tudo de ruim que já me aconteceu, sempre pude transformar em algo de bom. Cada derrota sofrida dignamente, me dá direito a um novo recomeço. Me sinto digna de recomeçar, tentar de novo. Talvez fazer tudo de novo, igualzinho, talvez mudar algumas coisas. Mas, acima de tudo, recomeçar. E sou digna de recomeçar, porque apesar de ter consciência da minha derrota, fui até o fim, dei o melhor de mim, acreditando, até o úlimo momento, que poderia vencer.

Mas decepção, indignação, frustração, mágoa, é o mais longe que consigo chegar, em termos de de sentimentos negativos. Uma coisa que durante muito tempo não me permiti sentir, foi raiva (que, na minha concepção, é muito mais superficial, mais amena e menos prejudicial do que o ódio). Lembro que na infância, ouvia com freqüência a expressão "é feio". Era "feio" mentir, era "feio" bater nos outros, era "feio" falar de boca cheia. E, entre tantas coisas "feias", não sei se alguém me disse isso, ou acabei deduzindo sozinha, mas pra mim, sentir raiva das pessoas, era "muito feio". Isso, desde criança. Fazem na verdade poucos anos que consegui mudar este conceito. Reprogramei meu cérebro e passei a acreditar que sentir raiva é também da natureza do ser humano e, portanto, eu não deveria me sentir culpada por estar com raiva de alguém ou de alguma coisa.

Minha raiva, porém, é bastante comedida, jamais extrapola. Procuro vivê-la com intensidade, durante os instantes mais críticos. Depois, me livro dela. E sempre tomo o cuidado de não passá-la pra ninguém. Discutir enquanto estiver com raiva, pode ser muito perigoso para a minha saúde... e pode magoar profundamente outras pessoas, o que, na verdade, jamais é a minha intenção.

Ódio me parece algo muito mais profundo. Pra mim, parece que só se pode odiar algo que seja extremamente ruim. Não é como sentir raiva de um amigo, por exemplo, por alguma coisa que tenha feito ou dito, porque a raiva é momentânea, passa logo. Pode ser facilmente eiminada através de um pedido de desculpas e um perdão sinceros. Mas me parece que ódio é pra vida toda. Assim como o amor também é. Pelo menos pra mim. Meus amores sempre serão eternos. Então, partindo do princípio de que só se pode odiar algo ou alguém que seja totalmente ruim, não posso fazer isso. Porque, como eu já disse, em cada coisa ruim, sempre tem algo de bom.

Em cada derrota, conheço um pouco mais de mim mesma, mais algum ponto fraco, algo que posso melhorar. Em cada erro, aprendo mais uma lição de como NÃO devo agir. Em cada mágoa, aumenta a minha defesa contra o lado cruel que existe em cada ser humano. Tudo de ruim que acontece na minha vida, invariavelmente, me traz alguma lição positiva. Quando uma porta se fecha, só há duas opções: ou faço ainda uma tentativa de reabri-la, ou sigo meu caminho, em busca de outras possibilidades. Normalmente, quando uma porta se fecha, é porque muitas outras, ainda melhores, estão começando a se abrir. É difícil em alguns momentos, decidir se devo continuar tentando, ou se devo seguir adiante. Mas a vida é uma eterna escolha, é preciso correr riscos...

O que não faço, de maneira nenhuma, é me arrepender de alguma coisa que tenha feito. O comum é me arrepender profundamente por aquelas coisas que eu deixei de fazer, e que hoje fico imaginando em que poderiam ter acrescentado à minha vida. Cada decisão, cada atitude minha, ainda que eu venha a considerar mais tarde como sendo um erro, ainda assim são muito valiosas pra mim. Porque meus erros me fazem crescer, amadurecer.

Viver intensamente, tanto as coisas boas quanto as ruins, pra mim, é vital. As boas, vivo, e guardo comigo, no coração. Das ruins, procuro tirar algo de bom, e guardo em alguma das muitas gavetinhas da minha memória. Não posso eliminá-las por completo pois, frequentemente, é necessário relembrar meus defeitos, minhas fraquezas, meus medos, minhas mágoas, minhas decepções, para poder me fortelecer diante dos eventuais desafios e armadilhas que a vida costuma deixar pelo caminho.

A partir do momento em que passei a ver cada derrota como um possível recomeço, onde o resultado pode vir a ser diferente, foi muito mais fácil continuar vivendo... passei a ter muito mais coragem de continur tentando...

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Emocionada... Bem que me disseram que "quem espera sempre alcança"...

Sempre gostei de surpreender as pessoas. Provocar sorrisos, emocionar. Mas, em contrapartida, sempre me senti meio frustrada, pelo fato de as pessoas serem tão previsíveis. Por não conseguirem (ou nem tentarem) me emocionar. Hoje, porém...

Conseguiram, finalmente me emocionar, me surpreender, me fazer sorrir e me fazer chorar, ao mesmo tempo... E eis que a minha esperança foi uma guerreira valente, e se manteve viva até o dia em que finalmente, depois de muitos anos, recebi uma carta!!!

Nem pude ver aquela figura folclórica vestida de azul e amarelo, no momento da entrega. Tal fato, entretanto, não diminuiu em nada a minha surpresa, minha emoção, minha satisfação, minha felicidade. Correspondência perfeita, com a caligrafia do escritor. E acreditem, é uma carta realmente! Nada de bilhetinhos de meia página. Esta carta tem nada mais nada menos, senhoras e senhores, do que CINCO páginas! E carregadas de emoção...

Devo confessar que a minham emoção maior não foi o simples fato, em si, de receber esta carta. Mas o fato de recebê-la de alguém que eu sei que não gosta de escrever. Ao menos não a próprio punho. Trata-se de alguém que já recebeu muitas cartas minhas, e me respondeu uma única vez, há mais ou menos uns cinco anos, apenas uma página, e digitada. Na época nem dei tanta importância assim ao fato de não ter sido escrita à mão, e até pensei que pudesse ser o começo de uma troca freqüente de correspondências, mas foi uma única, nada mais. E apesar de ter sido única, está guardada entre os meus tesouros, com muito carinho, desde então. Agora, já existe outra, que vai juntar-se a esta primeira, e lhe fazer companhia, à espera das outras muitas que virão.

"Pois é, meu caro amigo. Aquela postagem não foi escrita exclusivamente pra ti, mas fico feliz que tenha te tocado desta forma. Sei o quanto deve ter te custado escrever, e me sinto muito honrada por teres me considerado digna de tal feito. Te agradeço muito por isso. A resposta estará a caminho amanhã. Em breve, o homem de azul e amarelo vai te retribuir a visita.
P.S.: Muito original o papel e seus furinhos... rsrsrsrs Só podia ser coisa tua!"

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Fique atento às ameaças que estão se abatendo sobre o nosso planeta!


Há muitas pessoas que se sentem excluídas pela sua maneira de ser, de pensar, de agir. Pessoas que também são julgadas por suas preferências, atitudes, opiniões, e até mesmo pela cor das roupas que usam, ou o tipo de música que gostam de ouvir, pela maneira como falam, e também pelas...

...Unhas pretas??? Ohhhhhh! Que coisa mais satânica! Provável influência de maus espíritos, ou quem sabe até de OVNI's... Ouvi dizer que os marcianos também pintam as unhas de preto! Podem estar fazendo experiências com esses humanos, que após terem sido levados a Marte, pintam as unhas de preto, como sinal de identificação. Isso facilita e muito a vida dos marcianos responsáveis pelo "RH" de Marte, e certamente colabora bastante com o objetivo final deles, que é, obviamente, o de dominar o Planeta Terra.

Mas espera um pouco aí. Se não me falha a memória, MUN-HA também usa unhas pretas! Meu Deus! Quem sabe não são os "antigos espíritos do mal", tentando tranformar estes humanos de "forma decadente" em novos seguidores de "MUN-HA! O de vida eterna!"??? Como será possível para os Thundercats, continuarem vitoriosos na luta contra o mal, se passarem a ter que encarar tantos humanos de unhas pretas, com poder semelhante ao de MUN-HA, o de Vida Eterna???? Ih, acho que nem a Espada Justiceira do Lion, com sua "visão além do alcance", vai poder prever o tamanho do desastre que vai se abater sobre nosso planeta!

Tem milhares pessoas morrendo de fome pelo mundo??? Milhares de crianças sem um lar e uma família de verdade??? A Educação no Brasil é um fracasso??? A Amazônia está sendo destruída??? A camada de ozônio está com problemas??? O efeito estufa vai acabar nos matando??? A água vai acabar??? Há corrupção em todos os Três Poderes no Brasil??? Fidel renunciou??? Bush é um cretino??? O Papa é contra o uso da camisinha???

Ah, que bobagens! Não se deixe distrair com notícias sem fundamento! Fique de olho nas pessoas que realmente significam um enorme perigo à humanidade! Atenção a cada movimento dessas pessoas que ouvem aquelas músicas satânicas, barulhentas, pesadas, que vc não conhece, mas sabe que só servem para adoração ao demônio. Fique atento também aos piercings, às tatoos, àqueles que só se vestem de preto, àqueles que falam com gírias que vc não consegue entender, mas que tem certeza de que significam algo muuuuito perverso! Atenção a todas essas evidências. Mas principalmente, tome muito cuidado com as pessoas que pintam as unhas de preto! Essas sim, são as que constituem a maior ameaça à raça humana! Com essas, nem os Thundercats podem!!!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Importante mesmo é aprender. Não importa a que preço...

Esse dia de hoje está incrivelmente harmônico, apesar dos muitos elementos contraditórios que entraram em ação na minha vida recentemente. Dúvidas, certezas, derrotas, vitórias, novos desafios... Sei lá, acho que era exatamente isso que eu estava precisando viver. Exatamente esta mescla de sentimentos e sensações. Viver as coisas boas, mas também as ruins. É isso que faz a gente crescer.

Nem sempre estou bem, nem sempre consigo ficar alegre, ou motivada. Mas no fim das contas, o que importa realmente é que me sinto viva. Como se estar feliz o tempo todo não pudesse ser algo real. É totalmente utópico. Eu pensava que era, feliz o tempo todo. Mas agora eu sei que isso tudo foi ilusão. A vida em si é justamente o que há de mais imperfeito. Estou aprendendo isso da maneira mais difícil, mas ainda assim acredito que o mais importante seja, realmente, aprender. Não importa a que preço.

Lutei contra o destino enquanto pude. Fui derrotada. Esta guerra, estou consciente de que perdi. Mas, como não tem graça nenhuma não ter pelo que lutar, já parti em busca de novas batalhas, novas guerras. Nestas, a expectativa é de vitória. Mas... se me derrotarem de novo, aposto que já não levo tanto tempo pra me reerguer. Aprendi a lição. Há lutas que não valem à pena.

É hora de me importar com o que eu penso. Suprimir totalmente a opinião alheia, principalmente daquelas pessoas que não sabem como eu me sinto. Pessoas que não têm os mesmos valores que eu. Estes não podem e não devem opinar. Pelo simples fato de que não sabem do que estão falando...

Tenho minha própria lógica, minha própria maneira de ver o mundo e as pessoas. E pretendo agir de acordo com os meus próprios princípios. Afinal, o que é certo pra mim, pode ser totalmente errado aos olhos dos outros. Só que a esta altura, já não importa. Agora, vejo o mundo com meus próprios olhos, não mais com os olhos dos outros. E é a partir deste momento que parto em busca da aventura de estar viva...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Uma homenagem mais do que merecida...

Ontem foi, sem dúvidas, um grande dia. Mas não poderei me estender muito na escrita hoje, por ter pouco tempo. Então, deixo o dia de ontem e suas maravilhas para comentar em outra ocasião.

Isso porque, apesar do tempo ser pouco hoje, não poderia deixar de registrar aqui a minha homenagem a um cara muito especial, que eu amo muito, e que está fazendo aniversário hoje. Vou descrever brevemente, algumas de suas qualidades mais importantes.

Ele é lindo, sensível, inteligente, carismático, atencioso, leal, generoso, sincero... enfim, tudo de bom! Ele me dá colo quando estou triste, mede minha febre quando estou doente, leva chá e remedinhos pra mim na cama quando estou gripada. Ouve meus desabafos com atenção, jamais me deixa falando sozinha...

É um ótimo observador, e qualquer mudança no penteado não passa despercebida. Ele observa e percebe até as coisas que eu não digo, mas que gostaria de dizer. Não poupa elogios e palavras de incentivo. Acredite, ele sempre abre a porta do carro pra mim! Jamais esquece de me dar um beijo; quando saio, quando chego, quando acordo ou quando vou dormir.

Curtimos o mesmo tipo de música, os mesmos tipos de filmes. Ele me respeita e me ama exatamente assim, como eu sou. Não me pede pra mudar em nada. E sempre compreende minhas atitudes, por mais absurdas que possam parecer. Compreende e me perdoa, sempre que necessário.

Para resumir, ele é o cara perfeito, unanimidade entre todos que o conhecem. Não se tem notícia de alguém sobre face da terra que não o admire ou não o tenha em altíssima conta. Um perfeito cavalheiro, que sabe dizer a coisa certa no momento certo. Tem opinião própria, sim. Mas sabe dar o recado sem magoar ninguém.

Dizem que os opostos se atraem. Tenho que admitir que os iguais também. Ele é um pedaço de mim, minha alma gêmea. Aquele que sabe sabe compartilhar a comemoração de uma vitória como ninguém. Aquele que sabe valorizar aquilo que realmente importa pra mim, ainda que pra ele não valha tanto assim. Ele é perfeito.

E hoje, nesse dia tão especial, precisava declarar meu amor...

FELIZ ANIVERSÁRIO Dudu! Eu te amo muito! Te desejo nesse dia tudo de melhor que a vida puder te dar. E, quando as coisas maravilhosas que tu tens pela frente na tua vida, começarem a acontecer, quero estar lá, pra poder comemorar contigo, e assim, poder te retribuir à altura, tudo aquilo que já vivemos juntos.

Obrigada pela parceria, pelas risadas, pelas lágrimas, pelo apoio, pelo carinho, pelo respeito, pelas comemorações... Por tudo! Eu te amo!

PARABÉNS PELO TEU 13° ANIVERSÁRIO!!!

Beijão!!!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

"Meus Amigos são a Família que me foi permitido escolher."

No decorrer da vida, fiquei observando o ir e vir dos meus "melhores amigos". Já tive muitos.A maioria deles se perdeu no tempo, na distância, na falta de contato. Tenho notícias de muitos. Sei onde moram, onde trabalham. Mas não tenho mais acesso a eles. As afinidades e a intimidade se perdem com o tempo. E jamais voltam a ser como eram.

Como tornar a confiar em alguém que não se vê há muito tempo? Sei lá. O mundo dá tantas voltas... tanta coisa pode ter acontecido na vida desse alguém, ele pode estar totalmente diferente.

Observei que as amizades, na esmagadora maioria das vezes, têm o seguinte ciclo: primeiro, somos conhecidos. Então, nos tornamos amigos. Daí o tempo passa, perdemos o contato, a afinidade, a intimidade. Nesse momento, tornamos a ser conhecidos. É nesse ponto que a amizade acaba.

Sempre sonhei em ter aquela amizade que ia durar pra vida toda (parente não vale). Houveram algumas vezes em que pensei ter encontrado. Mas a vida é traiçoeira, gosta muito de me dar rasteiras... Hoje, me restam algumas poucas esperanças. Mas estão por um fio.

Se eu cuido dos meus amigos? Cuido, sim. Com todo o carinho do mundo. SEMPRE estou lá, quando precisam de mim. Se estão lá quando eu preciso deles? Bom, daí já é outra história.Mas... "pra mim todo mundo é bom, até que se prove o contrário". E, fazendo uma auto-análise, descobri que alguns, mesmo me provando o contrário, pra mim, continuam sendo bons. Os melhores. Portanto, eu não desisto deles. Eles é que desistem de mim. Talvez porque eu ter dado "tudo de mim", não tenha sido o suficiente pra eles. Sei lá. É tão difícil compreender as pessoas...

As únicas palavras que conseguem realmente me emocionar, são as escritas a próprio punho. Pra mim, são como um registro de sentimentos, uma prova de amor. Provavelmente porque é a forma que eu costumo usar pra tentar emocionar as pessoas que eu amo. Escrevo com o coração.Fora isso, palavras são apenas palavras. Podem ser ditas da boca pra fora, sem que realmente se esteja sentindo o que se está dizendo. Principalmente quando já se está consado de tentar fazer com que as pessoas ajam de acordo com o que elas mesmas dizem.

Por que, então, não sair do discurso? Por que não tomar uma atitude? Não basta sentir amor por alguém e simplesmente dizer que ama. É preciso demonstrar isso. Eu demonstro, sempre que isso me é permitido. É o mínimo que espero dos meus "melhores amigos". Que demonstrem o amor que sentem por mim, assim como eu costumo fazer com eles. Que não permitam que eu me acostume com a ausência deles. Porque, como eu já disse, é aí que a amizade começa a se extinguir.

Não quero mais perder amigos. Será que eu nunca vou conseguir ter amigos de verdade pra vida toda??? Meus amigos são a família que me foi permitido escolher. E não há nada mais doloroso do que se perder alguém da família...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

"Jamais escreva bobagens. O ideal é esperar por uma ocasião mais favorável."


Eis aí o meu blog. Mas... como deveria ser a primeira postagem?É fato que fica muito mais fácil de escrever, seja sobre o que for, num dia de inspiração. As palavras fluem tão naturalmente... e o resultado final sempre fica satisfatório. Hoje, definitivamente, não é um desses dias.

Li em algum lugar da web a seguinte frase: " Jamais escreva bobagens. O ideal é esperar por uma ocasião mais favorável." Não lembro onde exatamente li, nem quem escreveu isso. Mas julguei ser bastante coerente o comentário.Ainda assim, mesmo consciente da minha atual falta de inspiração, quis começar hoje. Afinal, se não fosse aqui, teria escrito no meu "fichário diário", pelo simples fato de que não passo um único dia sem escrever, ainda que não esteja inspirada.

Escrever liberta minha alma do tédio que consigo ter, mesmo na correria do dia-a-dia. Me acalma quando estou nervosa, me alivia quando estou triste. Sinto como se pudesse transferir para o papel todas as coisas ruins que eu possa estar sentindo. Se stou chateada com alguém, basta escrever, e ainda que esta pessoa jamais leia o que escrevi, ainda assim, a mágoa deixa meu coração. Se eu estiver feliz, escrevo para compartilhar minha alegria, e mesmo antes de a carta chegar ao seu destino final, já sinto como se tivesse alcançado meu objetivo.

Escrevo muitas cartas, a próprio punho. Geralmente para amigos, pessoas queridas. Apesar de ter e-mail, msn, orkut e agora um blog, sinto que jamais vou deixar de lado o romantismo de enviar uma carta pelo correio.

O carteiro ainda é um personagem importante na minha vida. Costuma me trazer pouquíssimas alegrias, porque as pessoas gostam muito de receber minhas cartas, mas não têm tempo de respondê-las, ou têm preguiça, ou simplesmente acham mais fácil mandar um e-mail. "Chega mais rápido assim." Esta é a resposta de muitos. Mas não me convence. Nenhum e-mail poderia me emocionar mais do que uma carta escrita à mão, e trazida à minha casa pelo carteiro. Aquele homem simpático, com aquele uniforme azul e amarelo, a quem ainda espero com a maior expectativa, pois a esperança de que ele me traga uma correspondência de alguém que finalmente decidiu me emocionar, não vai se extinguir jamais.

Outro dia, pensando com meus botões, cheguei à conclusão que as pessoas fazem pras outras exatamente aquilo que gostariam que estas mesmas pessoas fizessem por elas. Algumas podem até não se darem conta disso, mas no fundo, eu acredito realmente que seja assim. Com todas. Sem exceção.

Quando se tenta emocionar alguém, certamente, o mínimo que espera, é que esta mesma pessoa possa de alguma forma, em algum dado momento da vida, retribuir isso. Mas... normalmente, não acontece. Experiência própria.

Está faltando sensibilidade, de um modo geral. As pessoas estão sem tempo de olhar pro lado, e ver quem estiver ali como seu semelhante. Todos pensamos, todos sentimos, todos necessitamos de atenção. A primeira regra de sobrevivência da raça humana, é viver em sociedade. Precisamos uns dos outros. Por que não tentarmos viver então de maneira mais harmoniosa? Sem tanta maldade, tanta competição, tanta mesquinharia, tanta indiferença?

A vida é curta - dizem. Eu concordo.Estou tentando viver a minha da melhor maneira possível. Sem jamais esquecer de tentar dar ao mundo de pessoas que me cerca, a melhor contribuição que eu puder.

Amo as Letras, amo a Música, amo o Cinema, amo Fotografia, amo o Mundo, e acima de tudo, amo as Pessoas. Para mim, todo mundo é bom, até que se prove o contrário. Ainda acredito que o ser humano é essencialmente bom. Ingenuidade minha? Talvez. Mas é assim que eu sou e, como alguém que eu amo muito costuma dizer, eu jamais vou mudar.
Esta sou eu. E pretendo escrever aqui todos os dias. Estando inspirada ou não...