segunda-feira, 14 de abril de 2008

A Viagem - parte I

Sempre tive medo daquilo que me é estranho. Na verdade, penso que todas as pessoas têm um pouco disso. O medo do desconhecido faz parte da minha história. Imaginei que fosse coisa de criança, que fosse passar com o tempo, mas descobri que vai me acompanhar por toda a vida.
Nunca gostei de cidades grandes, muita gente, muitos carros, muito barulho... Isso me passava uma insegurança enorme, e me fazia ver as grandes cidades como imensos labirintos, onde eu fatalmente estaria perdida...
Mas a viagem a Porto Alegre no fim de semana, me fez ver tudo com outros olhos. Pra começar, estava muitíssimo bem acompanhada, pela minha amiga Rackell. O fato de ir com ela, já me encorajou muito. Menina descolada, cidadã do mundo. Me fez sentir super segura.
O que mais me impressionou, no entanto, foi ter encontrado tamanha paz dentro do labirinto. Conhecer pessoas essencialmente boas, de aura positiva, com as portas totalmente abertas pra me receber. Pessoas que eu jamais havia visto, que nada sabiam a meu respeito, mas que permitiram a minha pesença em seu lar, como se eu fosse uma velha conhecida. Me fizeram sentir em casa, literalmente.
Viagem perfeita, em todos os sentidos. Muitos papos, boa música (ao vivo!), e muitas novas composições musicais, inspiradas por uma grande viagem espiritual... Viajei, no mais profundo sentido da palavra. Saí de mim mesma, pude olhar o mundo à minha volta, e sorrir. Olhei pra mim mesma, e constatei o que há muito já tinha percebido.
Estou mudando, evoluindo. Meus ferimentos recentes estão cicatrizando, e é hora de ir em frente. Ainda não conheço os resultados da prova que me levou à POA. Mas independente de ser positivo ou não, afirmo, sem a menor sombra de dúvidas, que valeu à pena.
Valeu à pena a paz que senti, e pela sensação de liberdade que tive, andando só pelas ruas da capital. Pelos lugares que conheci, pelas pessoas que me acolheram tão carinhosamente, pela companhia incrível da Rackell. Por todas as risadas, pela música perfeita, pela foto do CHE, e por todas as lembranças de uma aventura que certamente ficará na memória.
O labirinto que antes me parecia tão assustador, se transformou em refúgio, pra onde pretendo retornar, toda vez que precisar estar com pessoas maravilhosas, ou a sós comigo mesma.
Aos que me acolheram, agradeço pelo carinho. À minha amiga Rackell, agradeço por ter me proporcionado um fim de semana de aventura, em total segurança. Agradeço todo o incentivo para que eu fizesse o concurso, e por ter me dado toda a estrutura que tornou possível a realização da prova. Obrigada, cabeçona! E, a ti, minha inspiração, afirmo que estarei de volta, tão logo seja possível. E que sentirei saudade...

Um comentário:

Raquel Leão de Freitas disse...

Amiga, não tem q agradecer.
Fico feliz em te ampliar os horizontes da vida e fazer com que derrube as barreiras com as metrópolis... é tudo relativo. Pisar em lugares q nunca pisamos é um experiência grandiosa, principalmente qdo estamos sós.
Eu quero sempre poder, de certa forma, viver essas situações de boas viajens, e sempre poder estar perto de pessoas brilhantes, como tu, como a Lilla, como o Skyn e sem esquecer, a Punk!